Holanda |
O ano de 2012
começou com uma interessante matéria sobre casas flutuantes apresentada no
Fantástico (Rede Globo). A Holanda, que
fica abaixo do nível do mar cerca de 1,5 metros, sofre com o problema de
excesso de água, seja do mar ou das fortes chuvas. Assim, a solução foi
conviver com a água, utilizando-se de casas flutuantes. É a modernidade e
conforto à prova de alagamento. Mas
até onde é seguro? Vemos constantemente na tv, problemas de moradias invadindo
morros e sendo devastados por deslizamentos. Casas sendo inundadas por
construções muito próximas a rios. Já vimos tsunamis destruindo e matando centenas
de pessoas. É um risco que o ser humano corre, mesmo com tanta tecnologia atrás
dessas construções. Para os arquitetos e engenheiros que vivem com a
cabeça no mundo da água, o oceano já não é mais limite. O próprio
governo entrou na onda. Um prédio, flutuando na baía de Amsterdam, é uma prisão
para mais de mil presos. Um dos arquitetos que lideram esse ramo mostra
projetos ainda mais impressionantes. Um porto flutuante que vai ser construído
em Dubai, um prédio nos Emirados Árabes e até um estádio de futebol que poderia
ficar ancorado na baía de Guanabara, por exemplo.
Rio Paraná - SP |
No
Brasil, observamos casas flutuantes nos rios amazônicos. São, na verdade,
juntamente com as palafitas, a solução perfeita para o clima e o relevo da
região norte. A floresta é densa, com árvores altas, o que já impõe uma
barreira quase intransponível para o homem desprovido de tecnologia, como é o
caso da população primordial não-indigena. Uma das características
destas casas na região norte é justamente a falta de higiene: a água não é
tratada e o esgoto é despejado in natura na água, assim como o lixo descartado
pelos moradores.
(Nadja Irina Cernov de
Oliveira Siqueira)
Reserva no AM |
Esta
é a solução para cidades como Amsterdam, onde falta terreno, mas sobra água. A
capital da Holanda tem centenas de canais. Não é de hoje a existência de barcos
residenciais. Novidade são as verdadeiras joias da arquitetura moderna: bairros
inteiros agora flutuam. Um deles fica em um braço de mar e tem casa até com
jardim.
Holanda |
As mais baratas são construídas sobre um casco de aço ou boias de
alumínio. Para evitar o balanço excessivo, são ancoradas na margem ou presas a
estacas. Assim, sobem e descem com a oscilação da água. Os novos modelos
dispensam apoios. Assim como um navio ou qualquer outra grande embarcação que
tem parte do casco embaixo d'água, a maioria das casas flutuantes construídas
na Holanda adota o mesmo princípio. O resultado é uma espécie de porão
subaquático. A área fica cerca de dois a três metros abaixo do nível da água e
serve para dar equilíbrio e sustentação. Evita que a casa balance. Mas também é
um excelente espaço que pode ser aproveitado. Em um caso, foi feito um
escritório. Ao lado, está um quarto de visitas, e tem também um banheiro.
O
peso da casa evita a movimentação. É um verdadeiro caixote de concreto e aço de
mais de 100 toneladas, preso apenas por uma âncora. O dono diz que não viveria
em outro lugar. Na garagem, em vez de carro, ele tem um barco. A um
preço inicial de 260.000 euros (R$ 938.600,00) para uma casa com três
dormitórios pequenos, as moradias são caras para uma cidadezinha como
Maasbommel. Mesmo assim, muitas unidades já foram vendidas e os novos
proprietários preparam-se para ocupá-las.
Não
bastassem as casas, um grupo de americanos quer criar um país no meio do Oceano
Pacífico. Ideia é construir uma nova sociedade
em águas internacionais e experimentar novos modelos políticos. Um lugar que traga inovação para métodos de governo.
Os projetos para as cidades já começaram a ganhar vida, uns bem modernos.
Outros, nem tanto: prédios, piscinas, jardins e helipontos. Mas como? No meio
do nada? Só com água ao redor – e água salgada. Que nada a idéia é importar
laranja da Nova Zelândia, bananas do Caribe e comida do mundo inteiro. Outra
ideia é a de ancorar em alto mar, no mesmo Pacífico, em águas internacionais,
um barco, que ainda não está pronto, mas que poderá ter campo de futebol e
tudo. Será um novo país só para se livrar da imigração americana. O que
nós querem é resolver um problema que estrangeiros da área de tecnologia têm ao
tentar montar uma empresa nos Estados Unidos, no Vale do Silício,
particularmente. Com US$ 1,3 mil por mês, quase R$ 2,5 mil, você passa a
ter direito a um quarto e a um escritório para viver e trabalhar em alto mar. O
morador do novo país precisaria, então, só de um visto americano de negócios ou
de turismo - que é mais fácil de se obter.
Cidade Flutuante |
Cidade Flutuante |
Resta
saber o que acontecerá quando a natureza resolver querer de volta o que é
dela.
Até breve com mais um
Tecnologia em Foco.
Sérgio Rodrigo de Abreu
Voce termina com essa frase: Resta saber o que acontecerá quando a natureza resolver querer de volta o que é dela. Eu respondo: O mesmo que o mar de Atafona, litoral do Estado do Rio. nas fotos atuais, que podem ser pesquisadas no Google, que eu me lembre, ja deve ter umas quatro ruas pra dentro desse mar. abraços
ResponderExcluir