segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Tecnologia nas eleições


No Brasil, desde 1996, as eleições são através de urnas eletrônicas, que nada mais é do que um computador onde são gravados os votos dos eleitores sem que haja a sua identificação. Nesse final de semana tivemos um plebiscito histórico no país, onde eleitores paraenses decidiram manter do Pará unido e negaram a divisão territorial para criação dos Estados de Carajás e Tapajós.  Outro plebiscito em que foi utilizada a urna eletrônica foi o de desarmamento de armas em 2005. A tecnologia utilizada nas eleições do Brasil ajuda no rápido resultado das eleições. Em poucas horas já se tem o resultado conhecido.

Pioneiro nessa tecnologia, vários países vêm até aqui para conhecer nosso sistema de votações. Mas o equipamento brasileiro pouco evoluiu desde a sua criação. Assim como no Brasil a China já utiliza as urnas em 100% das suas eleições. Mas existe quem seja mais avançado ainda. No Reino Unido, Estônia e Suíça os eleitores podem votar pela internet. Assim como nas eleições para prefeito no Canadá e nas eleições primárias nos Estados Unidos (em alguns estados). Nesses locais, o voto pode ser registrado até usando celular.

 Na Suíça, os eleitores recebem em casa uma senha para que possa acessar o sistema de voto. Já na Estônia, cada cidadão possui um cartão de identidade que possui um microchip que pode ser lido pelo computador e identificá-lo, permitindo acesso ao site de votação, funcionando como um certificado digital. Desta forma, eles podem votar em qualquer lugar do mundo em que estejam, sem precisar cadastramento ou burocracias, como as vistas aqui no Brasil, onde quem está simplesmente fora de sua cidade não pode sequer votar para governador.

Vários países ainda hoje usam cédulas eleitorais não por falta de tecnologia, mas de confiança. Exemplo disso é a Alemanha que chegou a testar uma urna holandesa, mas houve uma invasão de um hacker holandês, fazendo com que as eleições na Alemanha voltassem para o processo manual. No Brasil o investimento está na casa dos 200 milhões de reais em segurança.

No final das contas, o meio que é usado para a votação é, na verdade, o que menos importa. O mais importante de tudo é que a população vote com consciência, analise as propostas e escolha os candidatos que realmente acha que podem trazer benefícios para sua comunidade, cidade e/ou país. Voto de protesto em pessoas visivelmente incapacitadas para ocupar o cargo é algo inaceitável. Não somos palhaços nem devemos fazer do nosso país um circo.

Até Breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu

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